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| Artilheiro participou de treino tático |
Maior investimento da história do clube de Lourdes e do futebol mineiro, com o custo de R$ 15 milhões por quatro anos de contrato, Guilherme está sendo preparado a sete chaves para voltar à equipe diante do Figueirense, sábado, às 18h30, no Orlando Scarpelli, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. A última contusão ocorreu na decisão do Estadual contra o América – estiramento na panturrilha esquerda – e, desde então, ele faztrabalho específico de reforço muscular na intenção de evitar novos problemas.
O atacante finalmente considera-se pronto para voltar a jogar. Nas duas últimas semanas, dedicou-se ao trabalho físico e à recuperação do ritmo de jogo. Ontem à tarde, participou do treino tático com os reservas, na Cidade do Galo, e garantiu que as dores fazem parte do passado. Agora, quer nova vida, de preferência com assistências e gols para ajudar a equipe a se manter na ponta da competição. “Fiquei semanas sem poder andar direito e hoje posso correr novamente. Muitas vezes, fiquei na bicicleta assistindo ao treino e pensando o quanto é bom a gente ser saudável, poder correr e jogar novamente. Com o tempo, estarei preparado para voltar ao time”, diz o jogador.
Ele foi relacionado pelo técnico Cuca diante da Portuguesa, no Independência, mas foi cortado na última hora. O treinador preferiu manter a cautela e espera que o jogador esteja 100% fisicamente para escalá-lo: “Não queremos queimar etapas, até porque ele foi no sacrifício no jogo final com o América (pelo Campeonato Mineiro) e nos ajudou a ganhar um título. Agora, não precisamos correr o risco. Conversamos com o jogador e resolvemos ganhar mais um tempo. Quem sabe para sábado ele esteja em uma condição ideal. Se tiver, certamente será relacionado”.
ESQUEMA TÁTICO O atacante mostrou crescimento pelo Atlético justamente na reta final do Estadual, quando assumiu a camisa 10 alvinegra e passou a atuar mais recuado. Agora, mesmo com a boa fase de Danilinho, Bernard e Ronaldinho Gaúcho, Cuca avisou que o ex-cruzeirense tem vaga de titular e estuda uma forma de encaixá-lo no esquema tático, sem prejudicar suas características originais: lançamentos precisos e habilidade ao conduzir a bola.
Guilherme está ciente de que não rendeu o esperado e precisa justificar o investimento, mas pensa no futuro: “Quero estar inteiro para o restante da temporada. As lesões me deixam chateado, mas estou me preparando ao máximo para que elas não voltem a ocorrer. Por isso, é precipitado voltar antes”.
O preparador físico Carlinhos Neves e o preparador de goleiros, Chiquinho Cersósimo, estarão com a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres durante um mês.
DRAMA DO ATACANTE
1ª lesão (28/5/11)
Deixou o jogo contra o Avaí, na Ressacada, reclamando de fortes dores na coxa. Depois de três dias, fez ressonância magnética, que constatou estiramento grau 1 na coxa direita. Parou por duas semanas
2ª lesão (7/7/11)
Na derrota para o Ceará (3 a 0), no Presidente Vargas, pelo Brasileiro, ele teve de ser substituído ainda na primeira etapa. Depois, veio o resultado da ressonância magnética: estiramento grau 1 do músculo posterior da coxa direita. Ficou 25 dias de molho
3ª lesão (20/9/11)
Na última atividade de preparação antes de encarar o Flamengo, em Sete Lagoas, pelo Brasileiro, o jogador foi poupado por causa de dores na coxa esquerda. Resultado: contratura no local, que o deixou inativo por 10 dias
4ª lesão (12/10/11)
Machucou-se em um treino de preparação para o duelo com o Santos, na Arena do Jacaré, pelo Brasileiro. No exame de imagem, foi detectado estiramento muscular grau 2 na coxa direita, cujo tempo de recuperação foi de cerca de 30 dias
5ª lesão (20/4/12)
Sofreu estiramento grau 1 na coxa esquerda às vésperas do confronto com o Tupi, pelas semifinais do Mineiro. Parou por 15 dias
6ª lesão (13/5/12)
Substituído por Leleu no segundo tempo contra o América, na segunda partida da final do Estadual. Dessa vez, sofreu estiramento na panturrilha esquerda. Está afastado desde então, o maior período longe dos gramados desde que chegou ao Galo
PALAVRA DE ESPECIALISTA: RODRIGO LASMAR, médico do Atlético e da Seleção Brasileira
Caso particular
“Procuramos fazer um trabalho individualizado com o intuito de descobrir possíveis desequilíbrios e fraquezas em cada atleta. Aqui no CT temos todos os equipamentos necessários para prever uma possível lesão. No caso do Guilherme, é apenas uma questão física particular, pois ele participou de todas as atividades que passamos ao restante do grupo. Pode ser uma particularidade de qualquer jogador. Alguns não apresentam esse tipo de problema, como o Ronaldinho Gaúcho, que raramente tem lesão muscular. Fizemos um trabalho com o Guilherme no fim do ano passado e surtiu efeito. Ele só teve essa lesão na panturrilha, mas está 100% recuperado e, com a evolução física, estará à disposição do Cuca.”
