quarta-feira, 18 de abril de 2012

Estádio Mineirão é descartado na final da Copa das Confederações'2013

Ministro descarta final da Copa das Confederações em MG (Sylvio Coutinho/Divulgacao )

Marcos Michelin/EM/D.A Press
Ministro do Esporte desembarcou em BH
Dando início ao segundo ciclo de visitas às 12 cidades-sedes da Copa’2014, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, desembarcou no início da noite de ontem em Belo Horizonte elogiando o ritmo das obras do Mineirão, o qual considera um grande estádio. Falando ao Estado de Minas com exclusividade, ele assegurou que as chances de o Gigante da Pampulha receber a final da Copa das Confederações’2013 por causa do atraso na reconstrução do Macaranã são nulas, uma vez que – na sua avaliação – o estágio das obras da arena carioca está compatível com o cronograma previsto.

Sobre os problemas de visibilidade no Independência, Rebelo prometeu se pronunciar assim que receber documento da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Belo Horizonte.

A preocupação da Fifa com o atraso das obras do Maracanã levantou a possibilidade de o Mineirão receber a final da Copa das Confederações e outros jogos do evento pré-Copa’2014.

O senhor acredita nessa chance?
A escolha dos jogos e das cidades-sede é feita pela Fifa e pelo Comitê Organizador Local (COL). O Mineirão é um grande estádio, mas não creio na alteração das decisões tomadas. Todos os estádios estão com as obras dentro do prazo. Cada estado está cumprindo o que foi preestabelecido com a Fifa.

Qual acompanhamento o ministro tem feito no Maracanã?
Já fiz uma visita e verifiquei que o estágio das obras é compatível com o cronograma previsto. Tenho conversado com o vice-governador do estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e creio que o Rio está dando conta da responsabilidade.

Como o Ministério do Esporte tem se posicionado sobre o atraso das obras na Arena das Dunas, em Natal, e do Beira-Rio, em Porto Alegre?
Visitei as duas obras e ambas têm o andamento compatível com o calendário. As alterações de projeto não comprometem a entrega das obras.

Depois da Lei Geral ser aprovada pela Câmara, em março, deixando a decisão sobre a venda de bebidas alcoólicas para os estados, o deputado Alencar da Silveira Júnior propõe que em Minas Gerais as cervejas sejam vendidas até o intervalo dos jogos e sejam limitadas a duas doses por pessoa. Esse modelo lhe parece eficaz ante a violência nos estádios?
O Brasil deve cumprir os compromissos assinados com a Fifa, assim como a Rússia e o Catar, países que receberão as Copas’2018 e 2022, respectivamente, assinaram. A forma como esses compromissos serão cumpridos, os estados poderão debater de forma independente.

Outro questionamento político diz respeito ao Independência, construído no padrão Fifa e que terá visibilidade afetada em 6 mil assentos, 24% da capacidade total. Requerimento encaminhado pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara de Belo Horizonte oficializa a situação e solicita a visita do ministro para se pronunciar. O senhor já recebeu o documento e vai se posicionar?
Ainda não recebi o documento. Quando tomar conhecimento poderei me manifestar sobre seu conteúdo.

Durante a visita ao Mineirão amanhã (hoje), será anunciada alguma mudança no cronograma do estádio, previsto para ser entregue em 21 de dezembro de 2012?
Não. Todos os relatórios que tenho lido dão conta de que as obras em Minas Gerais caminham dentro do previsto. Considero absolutamente satisfatória a condução do compromisso assegurado pelo governo e prefeitura de BH para a realização da Copa’2014.

Como o ministro tem observado as obras de mobilidade em Belo Horizonte visando ao Mundial?
As obras de mobilidade estavam previstas antes mesmo da confirmação da Copa no Brasil. É resultado do próprio crescimento das cidades. Evidentemente elas ajudam um evento do porte do Mundial e são muito importantes para a melhora da qualidade de vida da população.

Como ficou a relação do senhor com a Fifa após a polêmica envolvendo a declaração do secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, de que o Brasil deveria levar um “chute no traseiro” para combater os atrasos nas obras da Copa? A relação ficou estremecida?
As relações são boas, de cooperação e harmonia. Houve um episódio que consideramos superado. Para que Fifa e governo brasileiro se preparem para o Mundial é imprescindível que andem de mãos dadas cumprindo seu papel.

O Brasil sempre arrebenta nos jogos Pan-Americanos mas quando encara Olimpíada apresenta desempenho pífio. O que falta para os atletas brasileiros surpreenderem na Olimpíada’2016, no Rio de Janeiro?
Creio que falta mais investimento nos próprios atletas, equipamento esportivo, centros de treinamento... Não temos como melhorar o desempenho sem aprimorar questões como o gerenciamento e o controle das atividades esportivas. Entre os planos do governo para a Olimpíada estão incentivos como o bolsa-atleta.